A Concentração, requer somente o uso da mente; a Meditação exige a participação de todo o ser.
Concentração: Segundo a definição dada pelo livro yôga Aphorisms, de Patanjali , é ter toda a mente fixada sobre um objeto e...
Meditação: é uma corrente contínua de pensamentos a respeito desse objeto.
Na concentração faz-se a análise material e na meditação transpõe-se os limites das observações terrenas.
MEDITAÇÃO
Para nós, ocidentais, meditar significa refletir a respeito de alguma coisa. No oriente, meditar é algo bem diferente. É entrar num estado de consciência onde se torna mais fácil compreender a si mesmo. Nisargadatta Maharaj, um mestre indiano, nos explica com simplicidade no seu livro I am That:
"Nós conhecemos o mundo exterior de sensações e ações mas, do nosso mundo interior de pensamentos e sentimentos, nós conhecemos muito pouco. O objetivo primário da meditação é que nos tornemos conscientes e que nos familiarizemos com a nossa vida interior. O objetivo final é alcançar a fonte da vida e da consciência."
Exercício simples para começar a Meditar:
Um dos exercícios mais simples é observar a respiração. Sinta o ar entrando e saindo pelas narinas. Acompanhe seu caminho por todo o corpo. Repare nos movimentos da barriga, do peito. Veja se há movimentos ou sensações na pelve, pernas, cabeça, etc. Esteja com o ar o tempo todo.
Quando estiver em contato com a natureza, sente-se diante de uma paisagem e observe-a. Ouça os sons, veja as cores, sinta os aromas mas não fique dando nome às coisas ou analisando-as: "esse cheiro deve ser daquela flor", "como é bonita a forma daquela montanha", "o som desses passarinhos me deixa tão relaxado...". Apenas ouça, veja e sinta sem criar frases na sua mente, sem ficar tagarelando internamente.
Sente-se diante de uma janela e deixe que a claridade invada seu corpo. Sinta a luz penetrando pelo alto de sua cabeça e fluindo por todo o corpo. Mantenha sua atenção nesse fluxo.
DICAS PARA MEDITAÇÃO:
Acender um incenso ou colocar uma música bem suave pode ajudar a criar um clima de tranqüilidade no início. Depois de algum tempo, pode ser que você prefira dispensá-los.
Evite meditar quando estiver com sono ou muito cansado. Você se sentirá frustrado por não conseguir se concentrar e desanimará de sua prática diária. Um bom horário para meditar é pela manhã, quando estamos mais tranqüilos e descansados. Porém, isso também é individualizável. Se você sentir que consegue melhores resultados à noite, escolha esse horário.
Comece com dez minutos diários. Coloque um relógio para despertar após esse tempo, assim sua mente não poderá sabotá-lo fazendo-o acreditar que já se passaram muito mais que dez minutos.
Não se mova durante esse tempo. O corpo é como um pote e a mente é a água dentro dele. Mover o recipiente faz com que a água também se mova e, lembre-se, o que você quer é que sua mente permaneça quieta e imóvel.
A atenção deve estar voltada para o objeto da meditação (a respiração, um símbolo, etc.) sem que isso necessite de grandes esforços. Caso você disperse, reconduza sua atenção suavemente ao objeto escolhido.
Qualquer coisa que aconteça estará bem. Se houver um monte de pensamentos desfilando pela sua cabeça, se você tiver vontade de chorar ou de rir, se você achar que nunca vai conseguir se concentrar, tudo bem. Apenas continue sentado e, sempre que possível, volte a sua atenção para o objeto sobre o qual está meditando.
Fonte: http://www.yogasite.com.br/yogasite/meditaca.htm
CONCENTRAÇÃO
"Concentração é a interiorização para reduzir o campo de atividade da mente inferior e fixá-la num ponto interno, fechando o foco de nossa atenção. É o processo de tornar a mente branca.
Meditação, ao contrário, é a ampliação exterior do pensamento até diluir-se no inconsciente. Restabelecendo o ritmo de nosso ser, acalmamos as emoções e permitimos que a Luz desça para nossa consciência." - ( Zauri Alkalar)
"A habilidade de concentrar a mente é essencial ao progresso espiritual porque capacita a pessoa a adquirir domínio sobre o corpo de desejos e, finalmente, a entrar em contato consciente com os mundos invisíveis. Para aprender a arte da concentração, precisamos fixar nossa atenção em um foco e manter nosso pensamento sobre esse único objeto ou condição. Precisamos entender que o pensamento força é nosso poder principal e devemos aprender a ter controle sobre ele. Isto não é fácil de ser conseguido, mas uma tentativa neste sentido deve ser feita e será valiosa para nós. É imperativo que tenhamos o controle de nossos pensamentos pois, se não o conseguirmos, esse poder fluirá sem objetivo, nada realizando. Quando aprendermos a focalizar uma só coisa, excluindo todas as outras, tornamo-nos capazes de aumentar nosso poder de pensamento e nossa capacidade de usá-lo eficazmente. Obteremos, então, qualidade e diminuiremos a quantidade dispersiva.
Durante a concentração, os sentidos do homem estão inativos, como se estivessem no mais profundo sono, mas, ao mesmo tempo, o Espírito permanece dentro do corpo com total controle de todas as suas faculdades. O aspirante aprende a absorver-se, à sua vontade, em qualquer assunto. A concentração intensa constrói uma forma de pensamento vivente, uma imagem clara e verdadeira. Na meditação aprendemos muito sobre esta forma de pensamento, o exercício capacita-nos a relacionar-nos com esse mundo superior. Na concentração aplicamos toda nossa atenção sobre um assunto ou idéia. Na meditação juntamos todo conhecimento possível sobre este determinado assunto. A mente pondera e sonda, acrescentando sempre um pouco mais de informação e, como resultado, adquirimos um novo significado sobre esse objetivo ou idéia."
(Manifesto copiado da Fraternidade Rosacruz)
Outras Conceituações:
REFLEXÃO:
Segundo Gil Restani Andrade, a reflexão caracteriza-se pelo direcionamento do pensamento ao nosso próprio interior, fazendo uma análise consciencial retrospectiva de atos realizados em nosso meio existencial. São caracterizadas por aquelas pessoas metódicas, calculistas, reflexivas, sistemática e que estudam e projetam seus atos. Daí o termo usado: "Ele age com a razão e não com o coração."
CONCENTRAÇÃO:
Ainda Gil Restani Andrade, afirma que a concentração, caracteriza-se pela centralização da mente em "clichês mentais", ou "formas pensamento", bem definidas,com exclusividade.
A concentração pode ser individual, isolada ou grupal (coletiva). Pode ser positiva ou negativa.
Escolhe-se um objeto, paisagem ou mensagem, retira-se da consciência todo e qualquer estímulo externo. Manter fixado, firmemente objeto, buscar a visualização do objeto.
MEDITAÇÃO:
Gil finaliza falando que a meditação é exatamente a extensão da concentração; seu alcance é conquistado,à medida que a criatura consiga concentrar-se com maior eficácia. Meditar é colocar-nos em contato com as forças internas, caracteriza-se por uma atitude quieta, atenta expectante; não intensa, mas calma, mas dando atenção às idéias que apresentam. Há um contato sutil e agradável com as correntes superiores dos planos superiores.
CONTEMPLAÇÃO:
A contemplação é a mais alta expressão de vida intelectual e espiritual do homem. É a própria vida do intelecto e do espírito, plenamente despertada, plenamente ativa, plenamente consciente de que está viva. É um espanto espiritual, uma admiração. Um temor espontâneo, reverencial, diante do caráter sagrado da vida, do ser. É gratidão pelo Dom da vida, pela consciência despertada, pelo ser. É a consciência viva do fato de que, em nós, a vida e o ser procedem de uma Fonte invisível, transcendente e infinitamente abundante.
A contemplação é, acima de tudo, a consciência da realidade dessa Fonte. Ela conhece a Fonte, obscuramente, de modo inexplicável, mas com uma certeza que vai além, tanto da razão como da simples fé. Pois a contemplação é uma espécie de visão espiritual a que, pela sua própria natureza, tanto a razão como a fé aspiram, porque sem ela permanecem forçosamente incompletas. A contemplação, entretanto, não é a visão, pois vê sem ver" e conhece "sem conhecer". É fé em maior profundidade, conhecimento demasiadamente penetrante para poder ser apreendido em imagens, palavras ou mesmo conceitos claros. Pode ser sugerida por palavras, por símbolos, mas, no próprio momento em que procura indicar o que conhece, o espírito contemplativo retira o que disse e nega o que afirmou. Pois na contemplação conhecemos "não conhecendo". Ou, melhor, conhecemos além de todo conhecer ou "não conhecer".
Pedra Luz
Olá,
ResponderExcluirGostei muito do blog. Com informações muito úteis.
No meu blog também abordo assuntos similares. Dê uma passadinha lá. Acho que vai gostar: http://antoniocaldasconineto.blogspot.com/2009/08/o-livro-um-caminho-de-deus.html
Em harmonia,