quinta-feira

Aplicação e Exemplos de Mandalas


De fato, toda a mandala é a exposição plástica e visual do retorno à unidade pela delimitação de um espaço sagrado e atualização de um tempo divino.

Nas sociedades primitivas, o ciclo cósmico, que tinha a imagem de uma trajetória circular (circunferência), era identificado como o ano.

O simbolismo da santidade e eternidade do templo aparece claramente na estrutura mandálica dos santuários de todas as épocas e civilizações.

Uma vez que o plano arquitetônico do templo é obra dos deuses e se encontra no centro muito próximo deles, esse lugar sagrado está livre de toda corrupção terrestre. Daí a associação dos templos às montanhas cósmicas e à função que elas exercem de ligação entre a terra e o céu.

Como exemplo, temos a enorme construção do templo de Borobudur, em Java na Indonésia. Outros exemplos que podemos citar são as basílicas e catedrais cristãs da Igreja primitiva, concebidas como imitação da de Jerusalém Celeste, representando uma imagem ordenada do cosmos, do mundo.

A mandala como simbolismo do centro do mundo dá forma não apenas às cidades, aos templos e aos palácios reais, mas também à mais modesta habitação humana. A morada das populações primitivas é comumente edificada a partir de um poste central e coloca seus habitantes em contato com os três níveis da existência: inferior, médio e superior.

A habitação para ele não é apenas um abrigo, mas a criação do mundo que ele, imitando os gestos divinos, deve manter e renovar.

Assim, a mandala representa para o homem o seu abrigo interior onde se permite um reencontro com Deus.

Um exemplo bem típico brasileiro de mandala a partir da arquitetura é a planta superior da catedral de Brasília.


Fonte: unipazsul.org.br

Pedra Luz

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